NOSSA HISTÓRIA
Em Julho de 1953, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, através do Dr. Ernesto Pichler, chefe da Seção de Geologia do Departamento de Mecânica dos Solos do Instituto, convidou o ilustre Prof. Ralf Grim, da Universidade de Illinois, USA, para pronunciar uma série de Conferências sobre argilas.
Para participar das conferências, foram convidados, pela Seção de Cerâmica do IPT, um grande número de ceramistas, que participaram das mesmas e demonstraram um grande interesse pelos temas apresentados. Isto motivou os ceramistas a formar a Associação Brasileira de Cerâmica, tendo sido indicado para coordenar os trabalhos, com a anuência do então Superintendente do IPT, Prof. Dr. João Humberto Maffei, o Eng. Fernando Arcuri Júnior, chefe da Seção de Cerâmica do IPT. Logo em seguida foi estabelecido contato com a Federação das Indústrias, que na pessoa de seu Presidente, o Prof. Dr. Francisco de Salles Vicente de Azevedo, hipotecou irrestrita colaboração a idéia.
A primeira reunião preparatória foi realizada no mês de agosto, no Instituto de Engenharia, quando foi criada uma comissão para elaborar os Estatutos da Associação que concluiu os trabalhos no mês seguinte.
Em novembro de 1953, foi registrado o estatuto e criada a Associação Brasileira de Cerâmica e aberta as inscrições para Sócio Fundador com prazo até 15 de dezembro de 1954, ocasião em que foram contabilizados 330 Sócios.
A primeira Diretoria da Associação Brasileira de Cerâmica teve a seguinte composição:
Presidente Prof. Dr. Francisco de Salles Vicente de Azevedo
Vice – Presidente Eng. Fernando Arcuri Júnior
1º Secretário Dr. Jorge D. Figueiredo
2º Secretário Dr. Luciano Barzaghi
1º Tesoureiro Dr. Armando Amarante
2º Tesoureiro Dr. Nicolau V. Forjaz
Para consultar a relação dos demais Presidentes da Associação
A sede da Associação Brasileira de Cerâmica foi instalada no antigo Campus da USP, na Praça Coronel Fernando Prestes, 110 em salas gentilmente cedidas pelo IPT, em local que deu origem à Seção de Cerâmica, criada pelo Dr. Frederico Angeleri em 1939. Posteriormente, na 1a gestão do Engº. Antonio Ermírio de Moraes as instalações foram ampliadas e modernizadas. Neste local permaneceu até 1976. Em 1996 retornou para as dependências do IPT, na Cidade Universitária, em convênio firmado entre as duas Instituições.
Ao longo dos seus quase 65 anos de existência, a ABCERAM tem dado uma efetiva contribuição ao desenvolvimento e divulgação da cerâmica brasileira, por meio de suas publicações e eventos e também pelos recursos propiciados pela internet, que permitiram um relacionamento mais ágil e eficiente com o meio, como também a implantação de um Banco de Dados em constante atualização, aperfeiçoamento e complementação. Quanto às publicações, que tiveram seu início com a Revista Cerâmica, foram ampliadas e mantidas até os dias atuais. Abaixo são dadas as datas de lançamento das principais publicações:
Revista Cerâmica – março de 1955
– Anuário Brasileiro de Cerâmica – março de 1979. A partir 10/11/2010 o Anuário passou a ser divulgado no site da ABCERAM com o título “Cerâmica no Brasil”
– Anais do Congresso – a partir do 31º Congresso Brasileiro de Cerâmica, realizado em Brasília, DF, de 17 a 20 de maio de 1987
– ABC Informativo – outubro de 1995, sendo substituído em dezembro de 2002 pelo informativo eletrônico
– Revista Cerâmica Industrial – março/abril de 1996
– Revista Materials Research. Revista Ibero-Americana de Materiais editada pela ABCERAM – Associação Brasileira de Cerâmica em parceria com a ABM – Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais, ABPol – Associação Brasileira de Polímeros, SBCC – Sociedade Brasileira de Crescimento de Cristais, SBCr – Sociedade Brasileira de Cristalografia, SBMM – Sociedade Brasileira de Microscopia e Microanálise, SBPMat.– Sociedade Brasileira de pesquisa em Materiais – Outubro de 1998.
Quanto aos eventos, merecem destaque o Congresso Brasileiro de Cerâmica (Tabelas I.a e I.b), o mais antigo e importante da área no Brasil e um dos maiores a nível internacional, o Encontro de Refrataristas Usuários de Refratários (Tabela II) e o Encontro de Mineradores e Consumidores (Tabela III).