Olarias contam história da capital desde transferência para Teresina
SOUSA, Graciane. Olarias contam história da capital desde transferência para Teresina. (Especial para o Cidadeverde.com). 25/05/12, 14:37
Disponível em: <https://cidadeverde.com/noticias/103330/olarias-contam-historia-da-capital-desde-transferencia-para-teresina>. Acesso em: 07 de abr. de 2021.
Em alusão ao aniversário da capital, a série de programas especiais aos 160 de Teresina, mostrará nesta sexta-feira (25) a evolução de algumas profissões e a relação delas com o crescimento da cidade.
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No programa “160 Anos Vida e Trabalho”, carteiros, fotógrafos, profissionais de saúde e os oleiros do pólo cerâmico do Poty Velho, entre outros, são alguns dos personagens elencados para contar mais um capítulo da história de Teresina.
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Após a transferência da capital do Piauí para Teresina, a região norte foi a primeira região a ser habitada. Além de contar com tantas belezas naturais, ocasionadas pelos rios Poty e Parnaíba, área tornou-se espaço para que ‘artesãos do barro’, pudessem transformar argila em tijolos.
As olarias correspondem a um local destinado a produção de objetos que utilizam o barro ou argila como matéria prima. Para o desenvolvimento da profissão, os oleiros contavam com argila de boa qualidade, água em abundância e a proximidades da área urbana, o que facilitava a venda.
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Surgido na década de década de 50 a produção de tijolos foi uma das principais atividades desenvolvidas na cidade. Centenas de pessoas trabalham no ofício e alguns tinham seus clientes fidedignos.
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“Antigamente a gente podia escolher para quem vender nossos produtos. Como a demanda era muito grande cheguei a contratar 20 trabalhadores para darem conta do serviço”, relembra Otávio Nascimento, de 65 anos.
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Ao longo do tempo, os oleiros foram perdendo o espaço e o prestígio que outrora tiveram. A concorrência com as grandes cerâmicas e a rápida degradação da área fizeram com que a atividade deixasse de ser lucrativa. Os oleiros, praticamente, começaram a pagar para trabalhar.
Dona Raimunda Teixeira, contabiliza as perdas financeiras. “Carreguei dois milheiros para ganhar R$ 5 por dia”. Para ‘driblar’ o declínio da profissão, Raimunda Teixeira , criou uma cooperativa de mulheres e também tornou-se presidente da associação dos artesãos.
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Da produção familiar e artesanal do bairro Poty Velho para a produção em larga escala das cerâmicas, o Piauí produz, por mês, 20 milhões de telhas e 25 milhões de tijolos, em um processo cada vez mais automatizado.