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Tabajaras e quilombolas participam de intercâmbio sobre artesanato cerâmico

 

Governo do Estado da Paraíba. Tabajaras e quilombolas participam de intercâmbio sobre artesanato cerâmico.
Publicado: 22/07/2019 11h56, última modificação: 22/07/2019 12h02
Fotos disponível: https://paraiba.pb.gov.br/diretas/secretaria-de-desenvolvimento-humano/noticias/tabajaras-e-quilombolas-participam-de-intercambio-sobre-artesanato-ceramico
Disponível em: https://paraiba.pb.gov.br/diretas/secretaria-de-desenvolvimento-humano/noticias/tabajaras-e-quilombolas-participam-de-intercambio-sobre-artesanato-ceramico.
Acesso em: 12.02.2021

 

A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (SEDH), por meio da Secretaria Executiva de Economia Solidária (Sesol), promoveu uma semana intercâmbio entre Índios Tabajaras e quilombolas da Comunidade dos Rufinos, localizada no município de Pombal. A troca de experiência teve como objetivo promover o resgate da cultura da produção artesanal de peças em cerâmica produzidas pelos Tabajaras.

Dooracy Maria da Conceição, “Dora Tabajara”, (57), seu irmão, Sérgio José Conceição, (35); além dos primos, Reginaldo dos Santos, (35) e Edmilson da Silva Menezes, (31); Índios Tabajaras, residentes na cidade do Conde, foram conhecer as técnicas de preparo da argila, confecção e acabamento das peças cerâmicas produzidas, utilizadas e vendidas na própria aldeia.

Dora Tabajara, nascida na cidade de Alhandra, lembra “somos da população indígena remanescestes da tribo que vive na localidade, com a chegada dos fazendeiros, muitos foram expulsos, outros mortos e os poucos que ficaram, se calaram temendo pela vida. Hoje fabricamos panelas, copos, tigelas, outras peças e adereços rústicos. Com a ajuda da Sesol, viemos conhecer como os Rufinos trabalham, e servirá para dar mais qualidade as nossas peças”.

“Aprendemos muito, vamos levar e repassar para nossa tribo. Após o intercâmbio podemos produzir peças melhores e vender em outros locais, nas feiras de João Pessoa. Foi muito bom conhecer a organização, a dedicação ao trabalho”, apontou Sérgio.

Os irmãos Manuel Silva Santos, (45) e Izabel da Silva, (34); Eva Barbosa dos Santos, (50) e José Nilson da Silva, (44), foram os quilombolas responsáveis por repassar as técnicas de confecção da cerâmica.

“Com o apoio da Secretaria, levamos o que fabricamos para vender nas casas e feiras da Economia Solidária, o que ajuda muito, dando mais visibilidade. O intercâmbio foi importante para conhecer uma nova cultura, os costumes, e valorizar a tradição”, relatou Manuel Santos.

A secretária Executiva de Economia Solidária, Roseana Meira, ressaltou a importância do intercâmbio, “uma oportunidade de reunir as culturas de dois dos primeiros povos que habitaram o país, índios e negros. Momento muito rico para troca de saberes, isso também é economia solidária, por agregar valor na produção das duas comunidades, e demonstra a responsabilidade do Governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento Humano, para com a economia e a cultura. Um momento de solidariedade e oportunidade desse resgate, e de volta às origens com a troca de conhecimentos e de objetos”, afirmou a Roseana Meira.

O professor e vice-diretor da Escola Estadual João da Mata, Vicente de Paula Pires Queiroga, elogiou o Governo e a Sesol pela iniciativa. “É uma ótima oportunidade para que nossos alunos tenham esse contato presencial com índios, esses que foram os primeiros habitantes, conhecer um pouco da cultura e costumes. Puderam assistir uma pequena apresentação do Toré, ritual indígena que reúne dança, religião, luta e brincadeira, realizada quando das festas nas aldeias”.

Entrega de equipamentos

Durante o evento, a secretária Executiva da Sesol, Roseana Meira fez a entrega de equipamentos para alguns empreendimentos da Economia Solidária da Região. A Emana Mel, localizada no município de São Bentinho, que trabalha no beneficiamento e envase de mel de abelha, recebeu do Governo do Estado uma mesa em inox.

Já o empreendimento Bolo das Oliveiras, padaria comunitária que produz bolos artesanais comercializados para as escolas públicas, recebeu um novo forno industrial a gás. A comunidade quilombola Os Rufinos recebeu uma esmerilhadeira, que servirá para o acabamento das peças. Para os Tabajaras, também foi doada uma esmerilhadeira.

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