> Cerâmica em Revista / Mato Grosso

MATO GROSSO / MT

 

– A Cerâmica Capão do Canga: Uma Nova Indústria Cerâmica na Bacia do Alto Rio Guaporé, Mato Grosso, Brasil

O alto rio Guaporé, por suas características e situação geográfica, foi uma região estratégica de convergência e/ou passagem de muitas populações indígenas pré-coloniais e etnohistóricas oriundas de regiões vizinhas, envolvendo desde possíveis grupos paleoíndios do Pleistoceno Superior a grupos pré-ceramistas arcaicos do Holoceno antigo e médio, ceramistas da era Cristã, bem como grupos etnohistóricos contemporâneos. Levantamentos arqueológicos efetuados pelo Projeto Fronteira Ocidental nas duas últimas décadas em um raio de 100 km na fronteira do estado do Mato Grosso com a Bolívia, levaram ao registro e estudo de 52 sítios arqueológicos distribuídos em cinco padrões de inserção dentro de três compartimentos geomorfológicos principais. Entre as ocupações ceramistas, cada qual concentrada nos compartimentos geomorfológicos ali existentes, foi possível reconhecer uma indústria cerâmica ainda inédita na literatura arqueológica concernente à área do alto rio Guaporé (cerâmica Capão do Canga), além de prováveis fenômenos de territorialidade e de existência de redes de trocas.

LIMA, Luiz Fernando Erig. A CERÂMICA CAPÃO DO CANGA: UMA NOVA INDÚSTRIA CERÂMICA NA BACIA DO ALTO RIO GUAPORÉ, MATO GROSSO, BRASIL. Amazônica – Revista de Antropologia, [S.l.], v. 4, n. 1, p. 186-220, jun. 2012. ISSN 2176-0675. Disponível em: <https://periodicos.ufpa.br/index.php/amazonica/article/view/885/1278>. Acesso em: 30 set. 2020. doi:http://dx.doi.org/10.18542/amazonica.v4i1.885.

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– Comunidade São Gonçalo Beira Rio

Origem e o povoamento da comunidade de São Gonçalo Beira Rio, em Cuiabá, é datada a partir do século 18, quando as primeiras expedições de bandeirantes paulistas chegaram em Mato Grosso. A missão era capturar índios (Bororos), a fim de torná-los escravos. A comunidade foi um dos primeiros povoados de Cuiabá.

Associação Cultural Flor Ribeirinha
Disponível em: <http://www.florribeirinha.com.br/Home/Pagina?nomePagina=SaoGoncaloBeiraRio>. Acesso em: 30 de set. de 2020.

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– Waujá

Habitantes do Parque Indígena do Xingu, os Wauja são notórios pela singularidade de sua cerâmica, o grafismo de seus cestos, sua arte plumária e máscaras rituais. Além da riqueza de sua cultura material, esse povo possui uma complexa e fascinante mito-cosmologia, na qual os vínculos entre os animais, as coisas, os humanos e os seres extra-humanos permeiam sua concepção de mundo e são cruciais nas práticas de xamanismo.

Povos indígenas no Mato Grosso. Publicado originalmente em 01/2002. Esta página foi modificada pela última vez em 26 de julho de 2018. Esta página foi modificada pela última vez em 26 de julho de 2018.
Disponível em: <https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Wauj%C3%A1>. Acesso em: 30 de set. de 2020.

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– Cerâmicas, Identidades Escravas e Crioulização nos Engenhos de Chapada dos Guimarães (MT)

Este artigo discute os modos nos quais os grupos escravos dos engenhos de Chapada dos Guimarães (MT) utilizaram cerâmicas localmente produzidas visando a afirmar identidades diferenciadas. A análise explora as dimensões de variação dessas peças considerando as flutuações nas origens dos escravos entre 1790 e 1888. As correlações observadas sugerem que: (a) cerâmicas decoradas produzidas localmente foram usadas para expressar identidades diferenciadas entre os escravos africanos; (b) alguns significado s amplamente difundidos na África subsaariana, relacionados ao simbolismo da cerâmica, foram reproduzidos em Chapada; e (c) o nível de significância que os escravos africanos atribuíram a essas peças não foi mantido pelos escravos afro-brasileiros. Essas evidências sugerem que, nessa região, o processo de crioulização foi generacional, só se consolidando quando uma população afro-brasileira, culturalmente mais homogênea do que a africana, tornou-se demograficamente dominante. É então discutida a distribuição das cerâmicas e de outras categorias de artefatos nos engenhos como uma estratégia através da qual os escravos se reapropriaram simbolicamente desses espaços de acordo com suas próprias percepções, impregnando-os com memórias e representações de origem africana.

SYMANSKI, Luís Cláudio P.. Cerâmicas, Identidades Escravas e Crioulização nos Engenhos de Chapada dos Guimarães (MT). História Unisinos. 14(3):294-310, Setembro/Dezembro 2010. © 2010 by Unisinos – doi: 10.4013/htu.2010.143.06
Disponível em: <http://revistas.unisinos.br/index.php/historia/article/view/4728>. Acesso em: 05 de out. de 2020.

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