Concretos Refratários Nanoestruturados: Vantagens da Tecnologia Aplicada na Indústria de Cimento e Cal

Msc. Aline Regina Godinho Formagi
REFRATEK

Graduada em Engenharia Química em 2014 pela Unisociesc, instituição na qual durante o ano 2022 lecionou as disciplinas de transferência de massa e calor para o curso de Bacharel em Engenharia Química. Mestre em Engenharia Química pela Universidade Federal de Santa Catarina onde atualmente realiza seu doutorado. Desde 2023, atua como coordenadora do Laboratório de Qualidade, Pesquisa e Desenvolvimento da Refratek, onde tem trilhado uma trajetória de crescimento e inovação, explorando novos horizontes após uma década de experiência no setor ambiental e sanitário. Interesse em desenvolvimentos de novas tecnologias alinhadas ao conceito ESG e na construção de paridade para mulheres em ambientes técnico/industriais.

Resumo

Há alguns anos que se observa na indústria cimenteira uma tendência em substituir os concretos de baixo teor de cimento tradicionalmente usados pelos concretos sem cimento, ligados com suspensões aquosas coloidais, principalmente sílica coloidal.  No início desse desenvolvimento os concretos sem cimento foram usados nas regiões do forno de cimento onde o aquecimento na retomada de operação era pouco controlado, como: Resfriadores, Cabeçote, Nose Ring e Maçarico. Sendo estes concretos muito menos sensíveis ao aquecimento brusco, praticamente foi eliminado o risco de trincamentos e/ou explosão na retomada da operação do forno após parada para manutenção. Além dessa vantagem, publicações e aplicações mais recentes vem mostrando que os concretos ligados com sílica coloidal são mais resistentes ao ataque químico e a aderência de colagem nas regiões mais quentes da Torre de Ciclones, principalmente quando estas solicitações são extremas devido ao coprocessamento. Mostraremos neste trabalho, porque estes novos materiais têm apresentado melhor desempenho quando comparados aos concretos tradicionalmente usados nos fornos de cimento.