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Como são produzidos os Espelhos

Espelho é uma aplicação do vidro muito antiga, porem ainda bastante empregados nos dias atuais.

Eles são produzidos a partir de vidro plano float e refletem completamente a luz que incide sobre eles.

Os vidros que se destinam a produção de espelhos tem que apresentar um alto grau de qualidade, com superfícies perfeitamente planas e paralelas, pois pequenos defeitos se traduzem em deformação da imagem refletida.

A produção de espelhos requer uma sequência de diversas operações que a seguir serão descritas de uma maneira sintética.

Sobre o vidro que originará o espelho são depositadas diversas camadas de diferentes materiais. A primeira delas é de prata. A quantidade de prata aplicada é muito pequena, de 0,7 a 1 grama por metro quadrado sendo, portanto muito fina, com cerca de 1/10000 mm.

Antes da aplicação da prata o vidro deve ser muito bem limpo e antes da lavagem propriamente dita, é realizado um polimento da superfície, pois qualquer impureza prejudica a fixação da prata e consequentemente a reflexão.

Normalmente se utilizam vidros recém-produzidos (no máximo há 3 meses) e a prata é sempre aplicada do lado atmosfera do vidro, isto é, do lado que não esteve em contato com o estanho no processo float, pois qualquer resíduo deste metal pode ser prejudicial. A prata é adicionada sob a forma de um spray de uma solução de nitrato de prata.

A camada de prata sendo tão fina requer a aplicação de uma segunda camada de cobre metálico, o que é realizado através da aspersão de uma solução de sulfato de cobre. A função do cobre é proteger a prata da oxidação, que criaria manchas e também evitar que a prata seja removida pelo contato mecânico. A quantidade de cobre aplicado é de 0,2 a 0,3 gramas por metro quadrado de espelho, sendo, portanto também muito fina.

Finalmente, para a proteção da camada de cobre e garantia da integridade e durabilidade do espelho, são aplicadas duas camadas de tinta, a primeira para impedir o contato do cobre com o ar e a umidade, e a segunda para uma proteção física de todo o conjunto, inclusive impedindo a passagem de qualquer luz por trás, interferiria com a luz refletida.

O processo acima descrito se refere aos espelhos comuns, utilizados nos móveis e ambientes internos em geral. Os espelhos empregados em retrovisores de veículos, por exemplo, que ficam expostos a intempéries ao longo de sua vida são produzidos através da deposição de vapores metálicos sobre o vidro. Por ser um processo de custo muito superior tem aplicação bastante restrita.

Os vidros semi-refletivos, empregados em fachadas de edifícios, que refletem parte da luz, mas também permitem passagem de parte dela, são produzidos por outros processos. Porem o princípio é o mesmo: aplicação de metal na superfície em finíssimas camadas que permitem obtenção de diversas cores e níveis de reflexão aliando estética com conforto térmico.

Mauro Akerman
Abril 2017