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Canudos de Vidro

O hábito muito comum de se empregar canudos para beber refrigerantes, sucos ou água de coco surgiu nos Estados Unidos nos anos 60 e se disseminou por todo o mundo.

Hoje se estima que só aquele pais consuma quinhentos milhões de canudos por dia! O problema é para onde vai todo esse material depois de usado.

Normalmente eles são feitos de plástico. Após o uso, que leva apenas alguns poucos minutos eles são descartados e podem permanecer no meio ambiente por mais de 500 anos.

Embora a demanda de plástico para a produção de canudos seja de apenas, embora impressionantes, 4% da produção mundial deste material, os canudinhos figuram entre os dez resíduos mais achados no planeta.*

O assunto chamou muita atenção quando um vídeo mostrando pesquisadores retirando um canudo da narina de uma tartaruga marinha viralizou na internet. https://youtu.be/QgTla3w4A3E .

Mais da metade das tartarugas marinhas morrem asfixiadas pela ingestão de alguma forma de lixo, em especial o constituído de insumos plásticos, que correspondem a 90% dos detritos despejados nos oceanos.*

Uma solução para manter o hábito de tomar bebidas com canudos é o emprego destes artefatos reutilizáveis e produzidos com vidro. Que convenhamos, ainda por cima, são muito mais elegantes que os de plástico.

No Brasil já existe uma empresa, instalada no Rio de Janeiro, Mentah http://mentah.com.br/, confeccionando este produto em vidro – vejam fotos abaixo. Quando se compra uma unidade, a mesma já vem acompanhada com uma escova que permite sua perfeita higienização. Levando-se em conta que o produto é reutilizável, pode perfeitamente se tornar competitivo em relação a outros materiais que são descartados no meio ambiente após um único uso.

O vidro continua sendo um material sustentável e ecologicamente adaptável quer seja em aplicações extremamente tecnológicas e sofisticadas, como em fibras ópticas, e em outras banais à primeira vista, mas extremamente importantes para a preservação de nosso meio ambiente.

*Fonte: Revista Veja 28 fevereiros 2018 pag. 83 https://veja.abril.com.br/revista-veja/a-guerra-aos-canudos/ (só para assinantes)

Mauro Akerman – Março 2018